quarta-feira, 15 de junho de 2011

Proposta 4 - Ilustração Infográfica

De acordo com a última proposta de trabalho para a disciplina de Design e Comunicação Visual, os alunos deveriam desenvolver uma infografia a partir de um tema de sua escolha. Nesse caso, trabalhamos em dupla (Roberta de Arruda e Carmem Buonocore) e optamos por criar uma infografia sobre os vinhos do Porto.

O objetivo da Infografia é trazer informações sobre os vinhos do Porto e, além disso, apontar o índice de consumo desses vinhos em escala mundial. Assim, fomos ao Museu do Vinho do Porto e decidimos trabalhar com o principais: Vinhos Brancos, Vinhos Tintos, Vinho do Porto sem data de colheita (Ruby, Vintage Character, Tawny, Tawny com indicação de idade) e os Vinhos do Porto sem data de colheita (Vintage, LBV – Late Bottled Vintage e Colheita) .

Inicialmente, fizemos o esboço apresentado abaixo:


















Após isso, fizemos uma pesquisa a respeito de cada vinho e sintetizamos as informações a fim de que ficassem agradáveis ao layout que construiríamos posteriormente. Consideramos importante salientar que nossa ideia inicial era trabalhar com um gráfico que apresentasse informações a respeito dos vinhos mais bebidos em Portugal. No entanto, devido a dificuldade em encontrar tais dados, resolvemos trabalhar com o índice de  consumo de vinhos do Porto no mundo, o que ,enfim, nos pareceu uma ideia mais interessante e completa. Descobrimos que a França lidera o ranking com uma porcentagem de 28,4 e optamos por colocar uma escala até o 11º país, o qual é o Brasil, com 1,3%, juntamente com a Espanha, que fica em 10º lugar.

Em sequência desenvolvemos o layout e finalizamos nossa infografia, a qual se apresenta abaixo:



















Por fim, gostaríamos de ressaltar que para o bom desenvolvimento do trabalho foi preciso estudar várias ideias antes de começar a produção gráfica. Após isso, foi fundamental a atenção a posições de imagens e texto, bem como o melhor modo de transmitir a informação através da infografia.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Curiosidade: Malofiej – o maior prêmio de infografia do mundo

Em 1993, os professores da Universidade de Navarra como Juan Antonio Giner  decidiram homenagear Miguel Alejandro Malofiej Urabayen, um cartógrafo argentino considerado um pioneiro da computação gráfica, que morreu em 1987. A Universidade de Navarra é o repositório de suas obras e Malofiej, como os seus colegas, deu uma importante coleção de desenhos feitos à mão e recordações pessoais à Universidade.

 Assim, a cada ano desde 1993, reúnem-se em Pamplona a melhor colheita de computação gráfica e os melhores artistas gráficos do mundo. A Escola de Comunicação da Universidade de Navarra e do Capítulo Espanhol da Society for News Design (SND-E) organizada sob a genérica Malofiej um workshop para profissionais do chamado Show, Don't Tell!, A infografia multimídia workshop chamado Interact , não mostra!, a Cimeira Mundial e Infográficos Internacional Awards, que se tornaram a especialidade de referência indiscutível global, e é mesmo considerado o "Pulitzer" de computação gráfica.

Segue abaixo a lista de alguns vencedores do Malofiej 18 (2010):
















Fotos do Malofiej 18:










Resta dizer que se pode conferir a lista dos premiados do Malofiej 19 através do link :

segunda-feira, 25 de abril de 2011

PROPOSTA 3 – Memória descritiva

De acordo com a terceira proposta de trabalho, os alunos devem selecionar três objetos de comunicação visual (ex.: cartaz, anúncio publicitário, capa ou página de livro/revista, fotografia, ilustração, infografia) e manipular os elementos constituintes da composição ao nível da cor de forma a alterar o significado da mensagem visual veiculada.

Dessa forma, escolhi um anúncio da Sky TV, outro da WWF e, por fim, um da Solez. A baixo, explicarei a modificação visual dos mesmos ao nível da cor e o efeito que isso gera na mensagem publicitária.

Anúncio 1: WWF



Este é mais um anúncio polêmico da WWF, o qual tem a intenção de defender os direitos dos animais. Nesse caso, o anúncio possui como slogan a seguinte frase: “Don’t buy exotic animal souvenirs”, o que faz relação com a mancha de sangue que escorre da mala da mulher. Desse modo, a cor vermelha tem fundamental importância na composição, visto que é ela que dá o sentido do que a compra dos souvenirs de animais exóticos causa a esses seres vivos, ou seja, aqui o vermelho é utilizado com o sentido denotativo de representar o sangue dos animais e com o sentido conotativo de representar a violência a qual eles são submetidos.
Assim, transformando o vermelho em marrom, a mancha de sangue passa a ter o significado de ‘sujeira’ e altera-se, dessa forma, o sentido da mensagem que o anúncio visa transmitir.


Anúncio 2: Solez


Neste anúncio, as cores são cruciais para o bom entendimento da mensagem publicitária. Trata-se de uma propaganda da Solez que utiliza como slogan a frase: “vida para o seu som”, a qual estabelece relação com as cores que saem do instrumento musical utilizado na peça.
Assim, o anúncio é constituído por formas abstratas que formam uma explosão de cores e movimentos, os quais tem direta ligação com a palavra ‘vida’.
Desse modo, alterei as cores para o estado P&B, a fim de demonstrar o quanto as cores são necessárias para que o real sentido de algumas mensagens publicitárias possa chegar até o público-alvo pretendido. Nesse caso, sem cores naquela parte da composição não há ‘vida’e, mais que isso, perde-se o sentido do anúncio.


Anúncio 3: Sky TV


O terceiro anúncio trata-se de uma propaganda da Sky TV, na qual a modelo Gisele Bündchen se faz passar pela atriz Uma Thurman, em uma alusão ao filme Kill Bill. Nessa peça, o amarelo assume um papel essencial para a contextualização e compreensão da mensagem transmitida aos receptores. Isso se dá pelo fato de que o filme representado é famoso por ter a atriz trajando aquela roupa amarela e sua espada, com a qual ela vai em busca de justiça no desenrolar da história. Desse modo, todas as peças gráficas produzidas para o filme possuem o preto e o amarelo como ícones cromáticos fundamentais.
Assim, alterei a cor para o roxo, de modo a modificar o significado da mensagem visual veiculada.










segunda-feira, 18 de abril de 2011

Proposta 2 / Memória Descritiva

Ricardo Reis
Na composição criada a partir do verso de Ricardo Reis, foram utilizadas as fontes: Segoe UI, Palace Script MT, Adobe Ming Std, Simplified Arabic, Arial Rounded MT Bold e Arial.
A fonte Segoe UI foi utilizada na palavra ‘estoicismo’ e nos versos do poema, devido ao seu caráter leve e direto. Nos versos, foi criado o aspecto de ondas no texto, a fim de provocar movimento na composição, o que remete a água do rio citado no poema.
A palavra ‘Carpe Diem’ foi utilizada duas vezes. Uma delas foi escrita com a fonte Palace Script MT, a qual apresenta características de movimento e fluidez. Foi utilizada no canto esquerdo inferior da página, juntamente com as palavras ‘estoicismo’ e ‘ataraxia’ para preencher um espaço exato dentro da composição e assim afetar o resultado final do trabalho. A outra, foi escrita com a fonte Adobe Ming Std, a qual sofreu também um efeito de onda, afim de tomar a forma do cabo de uma flor.
A fonte Simplified Arabic foi utilizada no ‘O’ que forma o miolo da flor. Por ser mais grossa gerou um efeito mais completo para a composição.
Por fim, a fonte Arial Rounded MT Bold foi utilizada nas vírgulas que caem da flor criada com as fontes, a fim de remeter à tristeza citada nos versos do poema de Ricardo Reis. Além disso, a fonte Arial foi utilizada na criação das pétalas da flor, devido ao seu aspecto simples, o que faz referência à característica do próprio poeta: simplicidade.



















Alberto Caeiro
Na composição criada a partir dos versos de Alberto Caeiro, foram utilizadas as seguintes fontes: Times New Roman, Batang, Browallia New, Arial e Raavi.
A fonte Times New Roman foi utilizada nos versos do poeta, em forma justificada, para que fossem criados espaços que diferenciassem o texto, bem como algumas palavras foram colocadas em tamanho maior, para dar ênfase à ligação que o poeta possui com a natureza, o verde.
A fonte Raavi foi utilizada no ‘T’ que foi usado com a intenção de criar o caule de uma árvore. Foram criados três tamanhos, devido ao fato de que a parte superior da árvore é formada por três palavras que, em cada árvore, muda de lugar. Isso foi feito com a intenção de fugir do pensamento padrão, de modo a fazer referência às características do poeta, as quais são ‘o sentir tudo como é’, com ausência de pensamento.
Por fim, as demais fontes foram utilizadas nas palavras que formam a parte superior da árvore, com tamanhos diferentes a fim de gerar aspecto desejado.



















Álvaro de Campos
Na composição criada a partir do verso de Álvaro de Campos, foram utilizadas as seguintes fontes: Sakkal Majalla, Franklin Gothic Heavy, Compacta Balck BT, Bell Mt, Wide Latin, Rock Well Extra Bold, Bodoni MT Black, Skoola Pota, Felix Titling, Gil Sans, MT Ext Condense, Berlin Sans FB, Jokerman e Goudy Stout.
A fonte Sakkal Majalla foi utilizada no verso do poema, por ser uma fonte com serifas simples e discretas, a fim de provocar naturalidade àquela parte da composição.
A fonte Berlin Sans FB foi utilizada no ‘Y’ que foi usado para gerar a imagem da ferramenta que pega a ‘porca’, o que faz referência ao fato de que o poeta, no poema citado, celebra o triunfo da máquina, da civilização moderna e seu processo.
A fonte Goudy Stout foi utilizada na palavra ‘poética’ e, por fim, a fonte Jokerman foi a utilizada para a criação da ‘porca’. As demais foram usadas na criação da palavra ‘modernista’, cada qual com um tamanho e estética distinta, a fim de provocar distorção, bagunça, aleatoriedade.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Proposta 2 – contextualização

Dando continuidade aos trabalhos da disciplina, foi proposta a criação de três composições baseadas em tipografia, desenvolvidas através dos versos de três heterônimos muito conhecidos de Fernando Pessoa.


Ricardo Reis



“Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim – à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.”






Ricardo Reis, clássico por excelência, idealista e platônico no amor, constata o efêmero da vida e anseia, no íntimo, por uma fenomenológica eternidade terrena. Procura sempre o mais alto, o impossível, a fim de encrustar uma poesia refinada, concisa, elíptica e cunhada em uma linguagem esmerada. Afligem-no a imagem antecipada da morte e a dureza do fado. Por essa razão, ele busca o refúgio de um epicurismo temperado de algum estoicismo. Latinizante no vocabulário e na sintaxe, o seu estilo é densamente trabalhado e revela ainda, muito claramente, o seu tributo à tradição clássica no uso de estrofes regulares, quase sempre de decassílabos nas referências mitológicas, na frequência do hipérbato, na contenção e concisão altamente expressivas e lúcidas. A precisão verbal e o recurso à mitologia, associados aos princípios da moral e da estética epicuristas e estoicas ou à tranquila resignação ao destino, são marcas do classicismo erudito de Reis. Poeta clássico da serenidade, privilegia a ode, o epigrama e a elegia. Para Reis, as coisas devem ser sentidas não só como são, mas também de modo a integrarem-se num certo ideal de medidas e regras clássicas. Propõe, pois, uma filosofia moral de acordo com os princípios do epicurismo e uma filosofia estoica:
- “Carpe diem” (aproveitai o dia), ou seja, aproveitai a vida em cada dia, como caminho da felicidade;
- Buscar a felicidade com tranquilidade (ataraxia);
- Não ceder aos impulsos dos instintos (estoicismo);
- Procurar a calma, ou pelo menos, a sua ilusão;
- Seguir o ideal ético da apatia que permite a ausência da paixão e a liberdade.


Alberto Caeiro
“Tristes das almas humanas, que põem tudo em ordem,
Que traçam linhas coisa a coisa,
Que põem letreiros com nomes nas árvores absolutamente reais,
E desenham paralelos de latitude e longitude
Sobre a própria terra inocente e mais verde e florida do que isso!”

É um poeta de completa simplicidade e considera que a sensação é a única realidade. Faz uma poesia da natureza, uma poesia dos sentidos, das sensações puras e simples. Foi um poeta ligado à natureza, que despreza e repreende qualquer tipo de pensamento filosófico, afirmando que pensar obstrui a visão. Caeiro defende que o real é a própria exterioridade, que não carece de subjetivismos. Proclama-se antimetafísico e é contra a interpretação do real pela inteligência porque, no seu entender, essa interpretação reduz as coisas a simples conceitos. Possui um estilo discursivo com linguagem simples e familiar; liberdade estrófica e métrica e ausência de rima; predomínio do presente do indicativo e raro uso de metáforas.


Álvaro de Campos



  
“Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
Orte espasmo retido dos maquinismos em fúria!”

  
Campos foi o único a manifestar fases poéticas diferentes ao longo de sua obra. Houve três fases distintas:
1ª Fase - Decadentista
Nesta fase o poeta exprime o tédio, o cansaço e a necessidade de novas sensações.

2ª Fase – Futurista/Sensacionista
Esta fase foi bastante marcada pela influência de Walt Whitman e de Marinetti (Manifesto Futurista), nela, Álvaro de Campos celebra o triunfo da máquina e da civilização moderna.

3ª Fase – Intimista/Pessimista
A fase intimista é aquela em que, perante a incapacidade das realizações, traz de volta o abatimento. Como temáticas destacam-se: a solidão interior, a incapacidade de amar, a descrença em relação a tudo, a nostalgia da infância, a dor de ser lúcido, a estranheza e a perplexidade, a oposição sonho/realidade.


Campos possui uma poética modernista, sensacionista e com a presença de versos torrenciais e livres. Procura, assim,  a totalização das sensações e das percepções conforme as sente, ou como ele próprio afirma “sentir tudo de todas as maneiras”.